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Café Cova da Onça, um dos primeiros bares de Natal

Cova da Onça

Pesquisando sobre a boemia de Natal, acheio o Café Cova da Onça, que foi inaugurado no ano de 1916. Hoje, no entanto, o estabelecimento não existe mais, deixando um legado na vida dos amantes das festas natalenses e aglomerações. Enquanto as festas natalenses não voltam, a gente vai falar desse bar, café e também bilhar,…

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Pesquisando sobre a boemia de Natal, acheio o Café Cova da Onça, que foi inaugurado no ano de 1916. Hoje, no entanto, o estabelecimento não existe mais, deixando um legado na vida dos amantes das festas natalenses e aglomerações.

Enquanto as festas natalenses não voltam, a gente vai falar desse bar, café e também bilhar, que ficava no bairro da Ribeira, próximo ao prédio que funcionava o Procon, quase na Rua Chile.

O local foi inaugurado mais precisamente no dia 1º de novembro por Anaximandro de Souza, cujo objetivo era oferecer aos clientes aquela partida de sinuca e comercializar artigos de mercearia e café. O local ficava na Travessa Venezuela, próxima do Cabaré Aperge.

Em 1931, o espaço tinha duas unidades e passou a ser administrada pelos irmãos Leite.

Depois, a administração passou para Oscar Rubens de Paula, no qual o seu neto, o escritor Marcius Cortez, alegou ter enriquecido bastante pelo fato de unir os boêmios com a elite natalense.

Brigas políticas marcaram o Cova da Onça

Na década de 30, o espaço foi usado para os intelectuais de esquerda para discutir sobre política.

No ano de 1935, o bar foi palco de uma sangrenta briga política quando o Partido Popular, oposição ao Mário Câmara, Interventor nomeado por Getúlio Vargas, teve seus integrantes mortos a tiros pela Guarda Civil, órgão similar à Polícia Militar, que não concordava com a eleição de Rafael Fernandes na Assembleia Constituinte Estadual de 1934, substituindo Câmara.

Além disso, foi testeminha da Intentona Comunista, uma vez que a Assembleia Liberal fazia reuniões e comícios próximos ao locais, muitas vezes sendo rempeendido pela então Guarda Civil.

O que marcou o bar

Os bares vendiam grogues, cervejas, fritass, lombos de porco, galinhas e filé e os proprietários exigiam que os frequentadores não exagerasse nas bebidas. As portas do estabelecimento fechava após meia-noite, menos aos sábados.

Durante o dia era frequentado pela elite natalense e a noite, os jornalistas, poetas e escritores.

Quase um Midway Mall, pois consegue unir todas as elites em um minúsculo espaço.

O bar fechou após a morte de Oscar Rubens de Paula, que faleceu aos 60 anos, vítima de um infarto fulminante.

Onde fica o Cova da Onça?

O prédio ainda existe e hoje é uma Peixaria, mas ainda é frequentado por muitas pessoas, principalmente aqueles que trabalham perto do Porto de Natal.

A seguir uma foto do estabelecimento na década de 70, já fechado:

Uma foto do antigo Cova da Onça em 2018:

 

 

 

 

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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