Páscoa: Renascendo na Quarentena

Páscoa: Renascendo na Quarentena

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Ah..A Páscoa…Todo feriado da Semana Santa acontece algo diferente e, geralmente, não são coisas tão felizes. Uma vez eu já passei o domingo santo no hospital por conta de uma crise renal e não pude comer todos os ovos que tinha ganho de aniversário. Outra vez, eu briguei com pessoas que admiro. Já comemorei aniversário com ovo de páscoa. Mas, essa seria a primeira vez que passaria a Páscoa na Quarentena.

A vantagem de fazer aniversário em abril, porque geralmente fica próximo da Páscoa. Mas, dessa vez deu ruim.

Infelizmente, eu não pude ganhar ovos no meu aniversário.

Apesar de ficar louca em querer pular o muro para comer chocolate em qualquer praça de Natal ou comer aquela ginga com tapioca, o feriado de Semana Santa foi muito tranquila e foi o dia que fiz minha casa se tornar uma praia.

Como não posso ir para Ponta Negra, a praia teve que vir até mim, pelo menos por enquanto.

Mesmo eu querendo arrancar a cabeça do animal de grande porte que foi inventar de ir para o interior para curtir a Semana Santa.

“Mas, eu não fui para rua e blá blá blá”.

Criatura, só de tu ter pisado na calçada da rua de sua casa está exposto ao vírus e ainda vai ajudar a levar para outras cidades brasileiras, seu burro.

Se você olhou o último boletim, você vai ver que as mortes estão rolando de vento em popa no interior.

Voltando a minha quarentena na páscoa eu resolvi colocar o meu biquíni no sol e passei filtro solar para não ficar tão queimada que nem a última vez no carnaval, que por sinal foi a última festa que encontrei todos os meus amigos.

Mergulhe-se

Botaram uma playlist bem eclética e resolvi mergulhar na água gelada da piscina, onde matei o calor insuportável e ainda tomei um banho de sol, para aderir um pouco de vitamina D.

Enquanto estava dentro d’água, eu ficara pensando que as minhas inquietudes neste período, parei de pensar em trabalho por um tempo e ao voltar a superfície, eu finalmente pude relaxar.

Foi um dos poucos momentos que podia ficar de boas, parar de pensar nas mil coisas que faria depois de sair.

Apenas, no entanto, queria sentir aquela água entrando nos meus poros e matar aquele calor insuportável, além de ver aquelas nuvens no céu enquanto boiava. Conseguia sorrir sem forçar a barra.

Parecia que estava em um momento que estava me acariciando e parei de pensar, só queria sentir aquilo que estava fazendo.

Hora da vitamina D

No lugar de pisar na areia, eu tive que pelo menos pisar o meu pé na grama para sentir aquela sensação de pisar no solo. Então, eu sentei numa cadeira e decidi tomar banho de sol.

Senti minha pele ficando melhor após aquele banho, estava curtindo pegar o bronze e ninguém me tiraria daquela cadeira.

Filtro solar reposto, hora de sol e curtir uma boa música enquanto pegava o sol, a vitamina D estava chegando.

Pesquisando na internet, o bronze ajuda a absorver a famosa vitamina D, visto que é necessária para a manutenção do tecido ósseo.

Ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes e no processo de diferenciação celular. Era o momento para ficar mais forte, caso tenha que ir na rua para fazer compras.

Realmente, depois do sol me senti mais forte. Renasci e me senti menos depressiva.

 

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Hora do ovo de páscoa

Depois do sol, pudera comer o meu almoço que estava saboroso e chegou o melhor momento: hora de comer ovo de páscoa.

A ideia inicial, esse ano, era comprar uma barra de chocolate e, por fim, fazer os ovos de chocolates. Mas, a quarentena chegou e as lojas estão fechadas.

Então, “arriscando as nossas vidas”, fomos ao supermercado na quinta e sobrevivemos o apocalipse zumbi, visto que as pessoas estavam desesperadas em comprar peixe e chocolate para não passar o dia vazio.

Deu certo, compramos de uma marca desconhecida por ser mais barata e arriscamos.

Por isso, era hora de saber se aquele chocolate era bom e se prestava…

…Valeu a pena cada pedaço de glicose que ingeri no meu corpo neste domingo.

A páscoa na quarentena pode ser mais doce e com mais vitamina D. É possível criar um bom universo no meio do caos.

Se esses forem meus últimos dias, quero que seja igual ao domingo de páscoa.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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