Rolé no Mercado da Redinha e Ginga com Tapioca: Patrimônio Imaterial do RN

Rolé no Mercado da Redinha e Ginga com Tapioca: Patrimônio Imaterial do RN

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A governadora do estado, Fátima Bezerra  sancionou uma lei que considera como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte a Ginga com Tapioca, um prato típico da capital potiguar. A sanção foi publicada nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial do Estado. Todo mundo que pisa no Mercado da Redinha sabe que a parada obrigatória é sentar nas suas mesinhas e procurar uma garçonete aquela ginga bem quenbtinha

Em 2014 foi criada uma petição criada convocando os apreciadores da iguaria a promover o prato a Patrimônio Imaterial do RN. Parece que deu certo, não é mesmo ?

Recentemente, o Brechando foi ao Mercado e provou a iguaria: vale a pena comer e visitar o mercado. Inaugurado no início dos anos 2000, como uma forma de reurbanizar a praia, o local é cheio de boxs populares, lá ainda vendem peixes diretamente com pescadores, com preços mais baratos que muitos açougues.  Eram peixes bastante fresquinho e você podia pegar a qualquer momento, visto que os pescadores traziam o tempo todo, visto que a Redinha fica no cruzamento entre o mar e o Rio Potengi.

Mercado da Redinha

Voltando a falar da ginga com Tapioca. É um prato tipicamente de Natal e é muito delicioso, principalmente quando estiver na beira da praia, em frente ao mar. Isto é ginga com tapioca e é um ótimo exemplo de que existe a possibilidade de misturar dois elementos em uma mesma comida. Este prato surgiu há mais de 60 anos no tradicional Mercado da Redinha, que fica na praia de mesmo nome. Consiste em um peixe que é frito com o óleo de dendê bem quente e servido com tapioca.

Quando comer este prato no Mercado da Redinha, a sua vista será mais ou menos essa daqui:

Recentemente, uma turma de nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), calculou que o alimento tem, em média, 500 e 600 calorias.

Hoje, a ginga com tapioca é vendido não só na Redinha, mas também em diversas praias da cidade e é feito de várias formas. Podendo comer junto com a tapioca ou comer de forma separada. Depende do gosto do natalense. A ginga é preparada como se fosse um espetinho. A fritura faz com que a gente consiga comer o peixe com espinho e tudo.

Preparado a ginga (Fotos: Lara Paiva)

O prato foi criado por Geraldo e Dalila Barbosa na década de 50 e 60. Eles tiveram a ideia de criar um prato a partir daqueles peixinhos minúsculos que os demais comerciantes da Redinha ignoravam. A ginga é um tipo de sardinha. O prato foi sucesso imediato. Hoje, a filha do casal, Ivanize, continua seguindo a tradição, além de outros vendedores dentro do mercado.

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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