Explicando a origem do piercing

Explicando a origem do piercing

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Muita gente acha que ter piercing é coisa de gente que cultua o tinhoso. Mas, sabia que em alguns povos é considerado algo sagrado? A perfuração no corpo ainda é um tabu e muita gente olha torto para as pessoas que possuem. Mas qual foi a origem disso? O Brechando irá te explicar nesta matéria.

A palavra piercing é inglesa e vem de perfuração. A arte de furar o corpo tem estado presentes ao longo da história da humanidade, tendo diferentes significados. Não existe um ano ou alguém que começou perfurar e foi repassado de geração em geração, pois aconteceu de forma espontânea e aleatória. Não sabemos se o piercing veio primeiro que a tatuagem, vice-versa. Na época dos faraós, no Egito, o piercing no umbigo era exclusivo da família real. Os antigos Maias praticavam a arte da perfuração, furando os lábios, o nariz e as orelhas.

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Os esquimós do polo norte, por exemplo, quando colocavam um piercing no lábio em um jovem era porque já estava preparado para caçar. Era um simbolo de iniciação na idade adulta.

Entre os habitantes da Nova-Guiné, na Áfica, eles têm a finalidade de conceder a quem os usa as qualidades do animal do qual estes enfeites são extraídos. Eles adornam especialmente o nariz e também estão presentes na arte corporal. Os guerreiros Potok, também africanos, fazem o mesmo tipo de piercing, além de atravessar seus narizes com folhas de árvores.

Kayapós e piercing
Kayapós e piercing

Os Kayapós, tribo indígena situada no Brasil, também recorrem aos piercings para furar as orelhas dos bebês e enfeitar o lábio inferior das crianças. Seu líder se destaca dos demais membros ao exibir, nos eventos privados, um objeto de quartzo nos lábios.

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A partir de 1970, porém, eclodiu mais uma vez através dos ícones da moda londrina e dos criadores artísticos que frequentam o circuito alternativo. Seu retorno atinge o ápice nos anos 90.

O piercing historicamente mais usado é o inserido no lóbulo da orelha; normalmente ela conferia a quem o usava o status da fortuna; hoje é o meio mais comum de exibir um objeto de adorno precioso. Os romanos acreditavam que este artefato lhe proporcionaria vastos recursos financeiros e sensualidade.

No nariz, o piercing passou a ser usado há pelo menos 4000 anos, no Oriente Médio, depois se disseminou pelas terras indianas no século XVI. Aí o nostril, como era conhecido, foi absorvido pelos mais ilustres. Desta forma este adorno ganhou conotações de status social.

Nas décadas de 60 e 70 este enfeite foi importado pelos hippies para o Ocidente; nos anos 80 e 90 foi rapidamente assumido pelos punks e outras tribos. Ainda hoje preserva sua popularidade.

O piercing utilizado na língua era muito comum entre Astecas distinguindo os sacerdotes dos templos. Eles acreditavam que, através desta prática, poderiam interagir melhor com as divindades Hoje algumas pessoas ainda usam piercing, mas voltado por motivos estéticos. Eu, por exemplo, tenho um piercing no nariz e dois na região da orelha. Alguns estão no corpo há mais de 10 anos e nem penso em retirá-los.

Algumas pessoas já chegaram a olhar torto por conta deles e em uma entrevista de emprego disseram que só seria contratada se retirasse, isso porque trabalho com Comunicação Social, onde as pessoas são mais “descoladas”. Porém, essa realidade não acontece comigo, mas com muitos amantes do piercing.

A publicitária Vanessa Ratto tem um piercing na região do queixo e contou que já foi parada na rua para ser criticada. “Uma vez estava na parada de ônibus e veio uma senhora em minha direção dizendo que o piercing era coisa do demônio (risos). Não foi a primeira vez”, afirmou.

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Ratto contou que gosta de piercing pelo fato de quando se arrepender, este pode ser retirado. “Gosto de alguns piercings, por achar bonito mesmo, e por poder turar quando quiser, porque eu sou muito “de lua”.

A estudante de arquitetura, Jamiile Santos, tem nove piercings e algumas tatuagens no corpo. Até hoje, ela não compreende o porquê das pessoas olharem torto por modificações corporais, visto que cada um tem o direito de fazer o que quiser com o corpo. “A maioria das pessoas não gostam. Não entendo o porquê de um piercing causar tanto preconceito. Eu com piercing e eu sem continuarei sendo a mesma pessoa, com o mesmo conhecimento, mesmo caráter, etc. Nunca perdi emprego, porque tirei os mais aparentes para entrevistas”, disse.

Jamille e os piercings
Jamille e os piercings

Mas, colocar piercing, assim como a tatuagem, precisa de alguns cuidados, principalmente durante a cicatrização.

E, aí, pensa em colocar um piercing?

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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