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Potiguar tentou ser “Breaking Bad” e foi preso por produzir álcool

Potiguar

O professor Walter White começou a fabricar metanfetamina com seu ex-aluno, Jesse Pinkman, para pagar as suas dívidas e conseguir sustentar seu filho deficiente e esposa grávida, além de ter descoberto um câncer. A partir daí, começa a aventura de Breaking Bad. Ele só conseguiu esse feito por ser docente de química e ser bastante…

O professor Walter White começou a fabricar metanfetamina com seu ex-aluno, Jesse Pinkman, para pagar as suas dívidas e conseguir sustentar seu filho deficiente e esposa grávida, além de ter descoberto um câncer. A partir daí, começa a aventura de Breaking Bad. Ele só conseguiu esse feito por ser docente de química e ser bastante inteligente. A série durou cinco temporadas e mais de 60 episódios. No entanto, o Rio Grande do Norte, em meio a epidemia de Coronavírus, um professor de química da rede estadual potiguar tentou fazer esse feito, mas parou na cadeia.

Após denúncias, a Polícia Civil de Currais Novos prendeu um professor de química que tentou ser o Walter White, mas ao invés de drogas estava vendendo álcool em gel caseiro. Durante a fabricação do produto, ele estaria utilizando gel de cabelo, álcool e outros produtos.

A fábrica funcionava no quintal da casa do professor. Diligências foram realizadas no local, após um chamado da vigilância sanitária municipal. O suspeito não se encontrava no ambiente no momento da ação policial, tendo se apresentado à delegacia no dia seguinte, acompanhado de um advogado. Segundo o delegado Paulo Ferreira, titular da delegacia de Currais Novos, o produto era vendido no comércio da cidade, inclusive para farmácias, visto que está faltando o produto nos principais mercados.

Em depoimento, o Walter White potiguar contou que repassava por R$ 10 cada 500 ml da solução, a qual, segundo sua versão, teria concentração de 70% e serviria para higienizar as mãos e objetos. Todo o material encontrado no local foi apreendido. Algumas receitas sugerem o uso do álcool líquido concentrado com gelatina incolor, gel de cabelo, amido de milho ou outras substâncias. O uso do álcool líquido concentrado pode causas riscos de acidentes, incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas. O laboratório flagrado pela Polícia Civil pode ser visto abaixo:

As receitas caseiras não garantem a produção de álcool com a concentração adequada para a correta desinfecção da mão e isto é um grande perigo, pois pode levar as pessoas a confiarem em algo que não possui eficácia. Dependendo dos produtos utilizados na fabricação do álcool gel caseiro ao invés de eliminar o vírus pode potencializar sua proliferação e infecção. Além das substâncias poderem causar irritação na pele.

É importante esclarecer que o álcool gel vendido em farmácias são fabricados com substâncias que garantem a estabilidade e concentração adequada para matar o vírus. Para se prevenir do coronavírus uma solução bastante eficaz é lavar as mãos com água e sabão. O vírus é extremamente sensível ao sabão e é uma forma eficaz de matar o vírus.

O suspeito será investigado pelos crimes de falsificação e produção de substâncias terapêuticas ou medicinais sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com pena de 10 a 15 anos de prisão, em caso de condenação, e ainda pelo crime ambiental de produzir substâncias que causem danos à saúde humana também sem autorização da Anvisa.

Sobre o Coronavírus no RN

O número de casos confirmados aumentou para 68 neste domingo (29). De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde potiguar, são 1.414 suspeitos, 367 casos já descartados e 1 óbito. Um caso suspeito, após a realização dos exames, pode ter dois resultados: confirmado ou descartado para o novo coronavírus; deixando de ser enquadrado como suspeito.

As cidades com casos confirmados são Natal (34), Mossoró (16), Parnamirim (9), Assú (1), Caicó (1), Macaíba (1), Monte Alegre (1), Passa e Fica (1), São Gonçalo do Amarante (1), São José de Mipibu (1), Tibau (1).
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Há ainda um caso confirmado de pessoa residente na cidade de Recife e que foi atendida no RN.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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