Como unir várias tribos sociais com uma revista e festa ao mesmo tempo

Como unir várias tribos sociais com uma revista e festa ao mesmo tempo

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Poderia ser um sábado qualquer, mas não foi. No último sábado, 21 de abril, fui convidada para uma festa e exposição da Revista Cartola, desenvolvida por Paulo Anjos e é voltada para a moda Masculina e também para expressões artísticas, desde fotografia até as artes visuais. Enquanto o holagrama ainda é usado para poucos recursos, o editor resolveu tirar as artes que estavam nas páginas da Cartola e colocar nas paredes do Auê, espaço novo no bairro de Petrópolis, substituindo a parte gourmet e comida fina do Pittsburg, o local aconchegante se misturava com a música pop, as fotografias modernas e também com o espaço.

Cartola é uma revista trimestral e temática de moda masculina e arte. Sob a direção artística do artista visual e diretor de arte Paulo Anjos, teve sua primeira edição foi publicada em setembro de 2014 e trouxe como temática a interação entre humanos e máquinas. Quando a gente pensa em moda masculina, a gente pensa que o conteúdo será apenas pessoas fisiculturistas ou cosplay de Arnold Schwarzenegger. Mas, calma, não é bem assim e a festa foi um ótimo exemplo para mostrar isso, pois além de criar opções culturais, foi uma vitirine para mostrar a última edição da revista, que foi em novembro do ano passado.

Contando com a colaboração de diversos artistas nacionais e internacionais e um conteúdo de cunho artístico, apresenta ao público uma nova visão do homem contemporâneo. Pelas edições online, digital e impressa já passaram artistas visuais como Antoine Rose (Bélgica), Andrew França (RN), Flavio Di Renzo (Roma), Jonathan Wolpert (PE), RAVMES (RN), Suelen Romani (SP), dentre outros. Além dos músicos Leandro Buenno (The Voice Brasil 2014), Luisa Guedes (Luisa & Os Alquimistas), Silva e Thiago Pethit.

Quando pensamos em moda, a gente pensa em um bando de perua no restaurante mais chique da cidade, conversando sobre aquele casaco que achou por 10 mil reais em uma loja na Av. Afonso Pena, uma espécie de Oscar Freire natalense.

Se falar que não é consumo, seria uma hipocrisia. Afinal, o consumo faz parte do hábito social do ser humano. As roupas são para consumir, verdade, mas também é uma das técnicas mais eficazes de expressão humanas e mais fáceis também. A vestimenta é muito mais que isso, onde as pessoas utilizam as suas roupas para expressar os seus sentimentos, pensamentos e vontades. Além de utilizá-las para se proteger do frio ou do calor, principalmente em dias mais quentes.

A moda é abordada como um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade – usos, hábitos e costumes – em um determinado momento, tanto que moda vem da palavra francesa “mode”, que significa “hábito”.

Já o estilismo e o design são elementos integrantes do conceito moda, cada qual com os seus papéis bem definidos. Acredito que essa foi a proposta da festa da Cartola. Embora, o foco da revista seja a moda masculina, eles não abrem mão de falar do gênero feminino, tanto que houve uma grande participação do gênero feminino, mostrando que mulheres podem usar roupas ditas “masculinas”.

A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia a dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um esqueitista e de um pop star, nas passarelas. A cada dia que passa, o mundo da moda vem se superando e surpreendendo as pessoas, com cores vivas, tendências novas, cortes inusitados e inovadores. A moda proporciona, aos que a seguem, uma inspiração sempre inovadora e ousada.

Dentro da festa, você pode interagir com várias tribos sociais de uma vez, desde o rapaz arrumadinho até o punk, drag queen e também aquele que mistura todos os estilos. Os costumes, agora, são vários e tudo misturado. Assim como na exposição, que mostrava fotografias com influencers da cidade, como a ex-participante do Master Chef, Irina Cordeiro, até fotos de gente que trabalha como modelo mas não o conhecemos por nome.

Na festa também pude conhecer pessoas novas, como o Talbone, que conheci na Campus Party, mas a festa foi uma ótima oportunidade para conversar sobre quesões sociais, fornecer dicas, maquiagens e o nosso amor por batom do estilo Matte. Assim como falar com a Tish, nosso amor por costumizar acessórios e roupas e comentar sobre cabelos coloridos e gostar das roupas que foram colocadas para desfilar. Sim foi um momento de fazer amizade e conversar com pessoas que se fosse na rua seria dificilmente ter contato, mas que gostamos das mesmas músicas e vestimentas. É uma agulha para estourar aquela bolha social que tanto a gente critica.

Precisamos de momentos em que mostramos a possibilidade de dialogar com vários grupos sociais diferentes sem precisar xingar um ao outro e conversar sobre o que estamos passando na sociedade através das fotografias, artes cênicas e uma festa com um som das músicas pops brasileiras. Por isso, a importância de criação de novos conteúdos midiático e eventos que so promovidos pela Revista Cartola.

Confira as fotos a seguir:

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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