Vereadora de Natal responde o porquê de não existir “Dia do Orgulho Hetéro”

Vereadora de Natal responde o porquê de não existir “Dia do Orgulho Hetéro”

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Quantas vezes você já ouviu aquele parente chato dizendo: “Todo mundo quer ser gay e deveria criar um dia do orgulho hétero”. Ou esse seguinte período: “Os gays querem força todo mundo que seja assim.”. A vontade é partir para a irracionalidade, porém a vereadora Natalia Bonavides resolveu falar da importância do Dia do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) em Natal, que foi aprovada nesta terça-feira (5) em Sessão Ordinária na Câmara Municipal do Natal (CMN).

Ela respondeu o vereador Cícero Martins, pedindo para que fosse adicionada no projeto de lei “Dia do Orgulho LGBT e Hétero”, alegando que os héteros não fossem excluídos. Este é o mesmo vereador que disse que a CMN era “lugar de homem“.

“Vereador gostaria que o senhor me trouxesse pesquisas de quantos casais heterossexuais foram expulsos de casa, agredidos, sair das escolas ou mortos por serem desse jeito”, questionou a parlamentar.

O vídeo completo pode ser visto a seguir:

Uma vitória: Aprovaram a Semana da Cidadania LGBT

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (05), a Câmara Municipal de Natal aprovou o Projeto de Lei nº 169/2017, de autoria da vereadora Natália Bonavides (PT) e do vereador Dickson Nasser Júnior (PSDB), que institui a “Semana da Cidadania LGBT” na capital potiguar. A iniciativa será inserida no Calendário Oficial de Eventos do Município e sua realização marcada para acontecer anualmente na terceira semana do mês de maio de cada ano. O evento contará com apresentações de música e dança, festas, debates, palestras, atividades esportivas e culturais, entre outras atrações, com vistas a divulgar os direitos e dar visibilidade à comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgênero.
Pesquisas recentes apontam que Natal ocupa o 5º lugar no ranking das capitais que mais matam pessoas LGBT. Um estudo feito em 2016 pelo GGB (Grupo Gay da Bahia) mostra que a cidade tem uma taxa de 6,96 assassinatos de pessoas LGBT por cada milhão de habitantes. No ano passado foram mortas 343 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil – um recorde levantado pelos institutos de pesquisa nos 37 anos em que compilam o número de vítimas fatais da homofobia.
O projeto foi aprovado, mas não sem antes enfrentar um intenso debate no plenário da Casa, com opiniões contra e a favor do projeto. O vereador Cícero Martins (PTB), por sua vez, propôs uma emenda sugerindo que a iniciativa passasse a se chamar “Semana da Cidadania LGBT e Heterossexual”, proposta que foi rejeitada pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final.
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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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