Coachella: Indo para o maior festival alternativo

Coachella: Indo para o maior festival alternativo

Compartilhe:

Coachella pode ser um final de semana (ou dois) de abril, mas minha jornada até Índio, Califórnia, começou muito, mas muito antes. Isto foi em janeiro, nas três horas que passei esperando as vendas começarem. Ingressos na mão, ou melhor no e-mail, vamos esperar abril chegar e planejar as férias. Quase 4 meses de espera. Aguentando um inverno que se arrasa e sem fim, que não tem neve (fico feliz com todas as pequenas vitórias!), mas o clima político de Washington estava mais depressivo do que nunca. Abril chegou (YAY!) e com ele trouxe minha irmã (Duas vezes mais YAY!!), a inspiradora a nossa ida ao festival. Partimos de casa, Washington, para um passeio de 12 dias, dois estados e 4 cidades.

Saímos de Los Angeles, nossa 3ª parada, às 8 da manhã rumo a Índio, Califórnia. Duas horas em um ônibus que nos levaria para terra prometida, o deserto californiano e o calor (brincadeira, mas no meu caso qualquer temperatura acima de 21 Cº já era uma vitória, maravilhosa, um 7×1 no frio). Chegamos ao hotel, pegamos nossos passes para a diversão. Bracelete de entrada, que uma vez colocado não pode ser retirado até o fim do evento. Tipo, segunda de manhã. Nosso hotel/pacote oferecia o shuttle que nos levava da porta do hotel até a porta do evento, e lá “Brechei” os primeiros exemplos da moda Coachella. Adiantando um pouco o dia. Vamos as principais bandas da noite.

Um bracelete na mão e um desejo no coração

Para mim The XX e Radiohead era o que havia para ver, mas curtimos várias outras bandas favoritas começarem, como Lemon Twigs ,Bonomo e Father John Misty. Tentamos comer algo que não fosse pizza e… bem até hoje não sei qual a necessidade de tanta Pimenta em um frango com arroz. No calor. Deveria ter ficado com a pizza. Calor, calor pede o que? Algo gelado… em busca de algo gelado pensamos, cerveja. Só tem Heineken. Vai de 10 dólares o copinho (R$ 33,20). Aí. Vai. Vai que. Foi. Hm… não faz meu tipo. A noite caiu já eram quase 7 hora da noite, a temperatura baixou um pouco, mas se manteve nos seus 19-20 e poucos.

Maravilha. The XX começou e … aaaah… estava vendo a vendo a banda britânica que foi a trilha sonora do meu TCC em jornalismo por meses, pela primeira vez. E eles tocaram as melhores do primeiro cd e do segundo e do novo que saiu no começo do ano. Mas ainda faltava a atração principal da noite, os também britânicos, Radiohead. E esperamos. Esperamos. E esperamos mais um pouco. Com 20 minutos de atraso lá estavam eles, a banda que foi trilha somos dos meus 15 anos. O cansaço do dia já estava batendo, passava da meia noite, mas era Radiohead, eu não poderia deixar de curti-los. E os curti. Mesmo com a falha no som (3 vezes), mesmo no calor, com as dores nas costas, cantei Creep junto com eles. 😉 Aaah… valeu a pena. 3 da manhã chegamos no hotel. Banho e cama.

Você pode ler também:  Cidades inspiradas em nomes internacionais do RN

Às 8 estávamos de pé, prontas para tomar café da manhã e planejar o dia, afinal havia Lady Gaga mais tarde. Acordamos cedo, mas só chegamos ao Coachella pouco depois do meio dia, tínhamos uma lista de bandas para ver e não havia motivo para pressa. Kaleo, Thundercats, Bastille, the Head and the Heart. As coisas pareciam mais calmas, a excitação da sexta, todavia, ainda estava lá, mas com um gostinho de “vamos com calma que ainda tem Lady Gaga mais tarde”. Hora de comer, já passavam das 4 da tarde, dessa vez não arrisquei e Pizza foi.

Foi cerveja também, mas devo dizer, cerveja cara não é igual a cerveja boa. Continua a não fazer meu tipo. Anoitece. A expectativa aumenta. Ir para o mesmo lugar onde ficamos em Radiohead? Será que aguentamos?

Melhor não, achamos nosso lugar maravilhoso, perto do palco, mas também longe. Falta uma hora para o show, pessoas ao redor sentam e nos juntamos a elas, economizar as pernas e a coluna. Nem todo mundo tem a mesma ideia que a gente e continuam em pé ou passando de canto a outro. o tempo passa, a tensão aumenta. Ouço pedaços de conversas aqui e ali, a moça sentada ao meu lado conversa com um carinha que ela acabou de conhecer, os dois moram em L.A. Ela mudou de São Francisco para la após terminar a faculdade moda e agora trabalha no parque da Disney, sonha em representar a Princesa Jasmine.

Uma senhora de seus 40 e poucos e uma adolescente sentam do outro lado. Puxo conversa, a senhora mora por aqui, é o seu 6 ou 7 Coachella, a menina é a sua sobrinha e estava indo pela primeira vez. Aprendi com elas que esse ano o festival estava mais calmo e que a temperatura estava amena. Havia feito 31 naquela tarde. Faltam 30 minutos para o show começar, mais e mais pessoas estão chegando, continuo sentada. Alguém passa por mim, estou checando o Instagram, ouço barulho vindo de trás, não levando a cabeça, tô distraída.

Você pode ler também:  O que fazer tranquilamente no sábado pós-feriado

Ainda bem. Alguém empurrou alguém que caiu… em mim. Minha irmã tenta retirar a pessoa das minhas costas. E só penso, uff que que houve? “Eu quase morri!” Ouço a moça falar. Hm, bem se ela quase morreu, o que teria acontecido comigo? Não vou comentar. 20 minutos para o show começar. O movimento aumenta. Melhor levantar e evitar outro acidente. 10 minutos. 5 minutos. 11 horas da noite. Ué cadê? Será que vai pular como no Super Bowl? Será que ela vem do meio da multidão? Será… de onde foi que ela surgiu mesmo? Pisquei e… sinceramente não vi. Ah Gaga… Não, ela não foi trilha sonora de TCC ou dos meus 15 anos, mas é a Gaga. Não posso mais comentar, não há o que comentar.

Chegamos no hotel as 4 da manhã dessa vez. Mas realizadas. Cansadas. Mas realizadas. Domingo. Admito que no 3 dia eu ia estava, morta. O calor estava tão ruim que quase me arrependi de todas as vezes que xinguei o inverno. Não havia água gelada o suficiente. Mas hey! É o Coachella! Suck it up and carry on! 3 dia. Dia de Tove Lo, Ezra Furman, Grouplove, Drake deu uma aparecida, dia de Lorde! Foi dia de tirar foto, de dar tchau, de ver tudo o que não havíamos visto.

Não vou comentar sobre todas as bandas, mas falo sobre Lorde. Admito que não acompanho muito o trabalho dela, mas não esperava uma mudança tão grande, foi-se a adolescente meio desengonçada e lá estava alguém diferente, mais madura e talvez mais… Pop? Well. Sinto dizer que depois de Gaga não havia como superar as expectativas, Lorde foi muito boa, mas Gaga. 😍

Pois bem essa foi a Brechada que dei no Coachella. Aprendi muito: Nunca esqueça sua água e sua bandana e seu tênis mais confortável, mesmo que ele seja cinza e de trilha. E até o próximo festival, não o Coachella 2018, mas o Firefly 2018 em Delaware (bem mais perto de casa!) e talvez o Coachella 2019. Quem sabe!?!

Veja mais fotos a seguir:

 

Tags

Commente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

compartilhe:

Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



Últimas brechadas



Breche aí

Gata Luzia precisa de ajuda para Adoção

Gata Luzia precisa de sua ajuda agora para arranjar um lar em definitivo para ela e ter uma vida inteira de muito amor e carinho...