Três histórias diferentes em um mesmo local: Big Peter

Três histórias diferentes em um mesmo local: Big Peter

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Fico dizendo que o Big Peter, no CCAB, tem um próprio ecossistema. Não é difícil sentar lá e conseguir uma história na volta para casa. Lá pode ser até um bar de esquina, mas que junta o máximo de pessoas diferentes possíveis, como os universitários, os playboys, petista, tucano, apolítico, pagodeiros, gente que bebe, aquele que só quer comer o espetinho, os amantes do heavy metal e alternativos.

Sempre apareço com uma história nova, como já fiz neste texto. Foram baseadas em fatos reais.

1ª história: Troca de Tiros ou foi uma bomba de São João

Estava eu estacionando o carro, enquanto presenciava uma briga de dois rapazes no outro lado da rua, próximo ao estabelecimento comercial. Encontro os meus amigos, sento na mesa aonde eles estavam. Mas, a minha atenção ainda estava na briga dos dois rapazes, que estavam acompanhados por três mulheres.

De repente, eu escuto o barulho de um pipoco. Aí os clientes do Big Peter começaram a prestar atenção na briga e começa a discutir:

“Isto foi um tiro?”

“Não, uma bombinha de São João, estamos em junho”

“Cara, isto foi um tiro”.

Até o garçom chegar na nossa mesa e dizer que viu um dos rapazes com uma arma em punhos. Então, eu perguntei se eles sempre vinham brigar por ali, ele prontamente respondeu:

“Esses caras vivem na periferia de Natal e são inimigos, aí se encontraram aqui na zona Sul, começaram a brigar”.

Então, os clientes começaram assistir a novela que estava perto dos seus olhos e de repente aparece um carro da Polícia Militar, levando os dois briguentos no camburão. As mulheres que estavam acompanhada, ficaram lá sentadas, ligando e esperando os parentes lhe buscarem.

2ª história: Por que eu não criei o coletor menstural? 

Muita gente tem o sonho de ficar rico ou conseguir algum dinheiro desenvolvendo uma ideia que seria útil para a sociedade. Na mesa, começaram a discutir sobre Thomas Edison e de como ele conseguiu criar inúmeras coisas e levar os direitos de outras que não foram desenvolvidas por ele.  Um dos amigos que estava na mesa começa fazer a expressão triste e chegam e peguntam:

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“O que foi que aconteceu? Está triste?”

Um amigo estava frustrado em não ser rico, visto que ele tinha a ideia parecida com o coletor menstrual. Para quem não sabe, o coletor é um copinho feito de silicone no qual a moça utiliza e substitui o absorvente interno. Então, as mulheres da mesa começaram a discutir o quanto é chato usar absorvente e as crises alérgicas.

Enquanto isso alguns homens ficavam:

“Ai que nojo! Para de discutir sobre o assunto, pois isso é nojento”

“O que é nojento?”, indaga uma das meninas

“Menstruação!”, prontamente respondeu.

“Mas, vocês homens também tem hábitos que não são considerados higiênicos. Outra coisa, isto faz parte da vida da mulher, é natural”.

Começou a discussão de quanto seria um coletor aqui em Natal, visto que ainda era uma novidade e tinha recém-chegado ao Brasil. Será que a coisa seria prática mesmo? Será que poderia finalmente aposentar os absorventes?

Queriam saber se o produto seria caro. Apesar do papo longo, o amigo ainda estava frustrado por não conseguir ficar rico, pois tinha essa ideia antes. Mas, o papo se estendeu pelo resto da noite.

3ª história: O falso politicamente correto

Ele adora participar das reuniões do Diretório Central do Estudantes (DCE), todas as manifestações é presença carimbada, adora compartilhar coisas de políticos corretos em sua timeline e crítica toda a forma de corrupção. Mas, por trás dessa pessoa que tem cara de gente fina, existe um rapaz tão sacana quanto aqueles que criticam.

Muito comum ver as postagens dele escrita dessas formas:

“ESTAMOS GOVERNADOS POR FACISTAS”

“O país se ferra com a corrupção”

“Fora todo mundo”

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Quando o mesmo vai ao Peter Big, ele embebeda um dos flanelinhas que tem problemas mentais e fica tirando sarro do pobre rapaz. Faz um falso perfil dele no Facebook para tirar sarro do cara em seu quarto com ar-condicionado e internet a cabo. Enquanto isso, o flanelinha vive nas ruas, dorme nas ruas de Ponta Negra e não tem acesso à nenhuma tecnologia.

Fica jogando lixo na rua, quebrando as garrafas que são retornáveis e trata mal os garçons do bar. Ainda vive dizendo que é um cara super desconstruído, mas é uma pessoa horrível até de fazer amizade.

Além disso, fica assediando as meninas que circulam por lá, deixando as meninas constrangidas. Sem contar que aparece soltando um papo machista na mesa. “Oi, você é gostosa, sabia?”, essa é uma das frases que mais utiliza para “xavecar” as meninas.

Sem contar que fica assobiando para qualquer menina, deixando as jovens constrangidas.

Um dia, a ex-namorada estava circulando no local. O casal terminou por ele ser abusivo com a jovem. Quando a viu, começou a gritar e bater na mesa aonde estava com os amigos, tentando mostrar que era um cara foda. Mas, a menina não deu os cabimentos. Frustrado, ele atravessou a rua e foi beber no posto.

Mas, a sua hipocrisia ainda continua.

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2 respostas para “Três histórias diferentes em um mesmo local: Big Peter”

  1. […] gente encontrou a galera na concentração que foi no Pedrão, também conhecido como Big Peter. Afinal, você tem que comer espetinho e tomar algo para ficar no […]

  2. […] gente encontrou a galera na concentração que foi no Pedrão, também conhecido como Big Peter. Afinal, você tem que comer espetinho e tomar algo para ficar no […]

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Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



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