Projeto fotográfico em Natal é usado como critica aos rótulos

Projeto fotográfico em Natal é usado como critica aos rótulos

Compartilhe:

Natal tem mais de 800 mil habitantes e mesmo assim não está isenta de uma população que adora “dar títulos” espontaneamente. Sim, caro leito, o preconceito é uma luta diária contra a intolerância e ignorância encravada nas pessoas. Todos os dias pessoas sofrem agressões vindas de um grupo capaz de soltar o verbo com frases depreciativas e hostis. Vamos lembrar que liberdade de expressão é diferente do discurso de ódio.

Em Natal, foi criado o projeto “Através do Espelho”, com o intuito de quebrar os rótulos que a sociedade impõe. A primeira parte foi feita dentro dos corredores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) da Avenida Senador Salgado Filho, em Tirol, no qual alunos, professores e funcionários descreveram os rótulos que foram estampados neles na sociedade.

Como é? Um grupo de pessoas são fotografadas segurando um papel no qual mostra uma mensagem que queira responder par aqueles que rotulam no dia a dia.

A ideia foi da fotógrafa Hevellyn Cavalcanti, que possui uma página intitulada como Orange Synthetic e ainda é estudante do Ensino Médio. Para convocar as pessoas para participarem desta atividade, ela chamou os amigos e interessados através de um evento no Facebook.  A jovem queria estimular as pessoas desabafarem sobre o que são vistas pela sociedade e os estereótipos que são nomeados.

Foram publicadas, inicialmente, 20 fotografias. O projeto já foi curtido por 1,2 mil pessoas e descobri este projeto maravilhoso através de um compartilhamento de alguém que tenho adicionado nas redes sociais.

Nos Estados Unidos, o americano Steve Rosenfiel criou o projeto “What I Be Project”, onde pessoas são clicadas com o rótulo que mais as incomodavam em seus corpos. Mas, a ideia de Cavalcanti se aproxima mais de Kim Kiyun no qual jovens carregam cartazes com as frases racistas ou xenofóbicas que mais ouvem.  A ideia é meio que um espelho para os depreciadores perceberem o quanto este preconceito afeta.

Você pode ler também:  Nordestinos com aparelhos móveis: houve aumento de 3%

Na página do projeto natalense diz que haverão mais fotos do projeto no qual os cliques serão feitos em outros lugares.

Algumas das fotos podem ser conferidas a seguir:

"Não é mimimi"
“Não é mimimi”
"Com certeza é lésbica, olha esse cabelo"
“Com certeza é lésbica, olha esse cabelo”
"Sou ateu e não do Satanás"
“Sou ateu e não do Satanás”
"Eu não pinto meu cabelo para "chamar" atenção"
“Eu não pinto meu cabelo para “chamar” atenção”
"Sou Nordestino e não sou "Paraíba""
“Sou Nordestino e não sou “Paraíba””
"Meu avô foi da umbanda e não me envergonho""
“Meu avô foi da umbanda e não me envergonho””
"Não preciso de carne bovina. Brócolis também tem proteína"
“Não preciso de carne bovina. Brócolis também tem proteína”

O restante das fotos poderão ser conferidas neste link.

Tags

Commente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

compartilhe:

Sobre lara

Jornalista e publicitária formada pela UFRN, começou despretensiosamente com um blog para treinar seu lado repórter e virou sua vitrine. Além disso, é mestranda em psicologia na UnP e ainda é doida o suficiente para começar mestrado em Estudo da Mídia na UFRN. Saiba mais sobre esta brechadora.

Desenho: @umsamurai.



Últimas brechadas



Breche aí