Estava lendo um jornal da cidade, no qual contava que uma famosa cafeteria de Ponta Negra, zona Sul de Natal, havia sido roubada. A situação me lembrou de um acontecimento engraçado perto daquele lugar. O estacionamento ficava próximo de um canteiro cheio de plantas e uma escada feita de pneus de carros que ajudavam os pedestres atravessar a Avenida Engenheiro Roberto Freire.
Era 28 de dezembro de 2013, antes da luta que Anderson Silva quebrou a perna, estava nesta cafeteria. Ao sair do estabelecimento comercial, estava indo em direção ao carro e percebi um objeto estranho pendurado em uma das plantas. Pedi para que meu namorado ligasse a lanterna do carro e eu vi que era uma calcinha preta com renda pendurada na planta.
Logo coloquei a foto no Instagram, que será conferida a seguir:
Até hoje fico questionando o motivo de ser usado como enfeite de planta. Acredito que é melhor nem saber, pois o que acontece em Ponta Negra a noite sempre é um mistério. Três meses depois, eu fui ao mesmo local. Era no período da tarde e por incrível que pareça aquela peça de roupa ainda estava lá. Então, tirei uma outra foto. Claro que postei no meu Instagram e os comentários foram os melhores.
Era um belo dia de dezembro quando vi uma calcinha pendurada numa planta em frente a um canto que gosto muito de frequentar. Hoje fui lanchar neste mesmo lugar e vi que a dita cuja ainda estava lá. Uma foto publicada por Lara Paiva (@paiva_lara) em
Um dos meus amigos ficou tirando onda pelo fato de ser uma calcinha preta e ele, rapidamente, associou com o nome da banda de forró. Aí ele solta esta piada: “Aposto que como do lado tem um pé de Limão Com Mel (outra banda do mesmo estilo)”.
Em janeiro deste ano, quase um ano após o acontecido, eu voltei para aquela lanchonete e não pude acreditar: a calcinha ainda estava lá, sendo que estava mais deteriorada e com diversos rasgos. Tanto que ficava perguntando: “Alguém da Urbana (responsável pela limpeza da cidade) na hora de catar os lixos não vai tirar a calcinha desta planta?”.
Apesar disso, a lingerie virou referencial para saber se a gente estava realmente perto da lanchonete.
– Lara, me avise quando estiver perto- dizia meu namorado.
– A gente ainda não viu a planta com calcinha, então nós não chegamos – tirava a onda.
Neste semana, eu soube que o restaurante foi vítima de um assalto bem no início da noite, levando pertences de alguns clientes e funcionários. No dia seguinte que ocorreu a notícia, eu corri para lá e querendo saber duas coisas.
1) Como foi o assalto?
2) Ainda existia a calcinha?
Pedi o meu lanche e perguntei ao garçom sobre o que aconteceu, visto que a imprensa retratou o acontecimento. “Na verdade, a gente acha que eles não queriam roubar aqui, mas um rapaz que entrou. Tanto que eles chegaram igual com este moço, que é empresário, e roubaram mais as coisas dele. Infelizmente ninguém vai prender esses bandidos, viramos mais uma notícia para imprensa”, reclamava.
Sobre a calcinha, eu vi que ela não existe mais, assim como a planta. Conforme esta foto a seguir:
Cheguei a pesquisar as imagens do local retiradas através do Google Maps e pelos registros, a última vez que a calcinha foi vista pelo carro da empresa californiana foi em agosto deste ano. Quer dizer, eles demoraram quase dois anos para retirar este negócio.
Deixe um comentário